28/08/2016

Discurso de Paraninfo para os Formandos Ulbra Direito Canoas 2016/01

Neste dia 20/08/2016, no auditório do prédio 14 da Ulbra Canoas, foi realizada a belíssima cerimônia de formatura do primeiro semestre de 2016. Fui carinhosamente convidado para ser o paraninfo da turma de formandos. Convite que realmente me tocou profundamente e me emocionou. Sou muito grato aos formandos, que agora são colegas, por me proporcionarem tal honra e alegria.

 

 

DISCURSO DE PARANINFO

Senhores Formandos do Curso de Direito, meus afilhados,

Magnífico Senhor Reitor Professor Marcos Fernando Ziemer,

Senhor Diretor do Campus Canoas da Ulbra, Professor Erivaldo Diniz de Brito,

Senhora Coordenadora do Curso de Direito, Professora Maria Aparecida Cardoso da Silveira,

Demais professores, funcionários, alunos e convidados presentes,

 

Estamos aqui em razão da solenidade de formatura do Curso de Direito no primeiro semestre do ano de 2016. Foi uma honra muito especial ter sido convidado ser o Paraninfo dessa Turma. Em um primeiro momento, confesso, que o convite me causou surpresa, pois as minhas disciplinas são ministradas no início do curso e normalmente, depois de caminhar esta árdua jornada de estudos, repleta de desafios e superações, e conhecer tantos outros bons professores e amigos, que a memória das mesmas é suplantada pelas lembranças mais recentes. Vejo que consegui marcá-los o suficiente para lembrarem de mim neste momento sagrado, e me proporcionarem esta maravilhosa honra de compartilhar a coroação do esforço universitário de vocês.

Alguns dos formandos já possuíam outra formação superior e não foram meus alunos. Mesmo assim, ao longo do Curso compartilhamos Grupos de Pesquisa, eventos e corredores da Universidade. Porém, grande parte de vocês tiveram a primeira aula e o primeiro contato com o ensino superior nas cadeiras da Filosofia do Direito ouvindo-me falar das belas teorias da Justiça e do Direito dos antigos pensadores gregos. No primeiro dia de aula, há alguns anos atrás, perguntei o que buscavam no estudo do Direito. Muitas das respostas ainda me vêm a mente como se fosse hoje que estivéssemos em seus primeiros dias de aula: alguns queriam ser juízes, promotores, advogados ou policiais. Muitos não tinham ainda um objetivo definido e queriam conhecer melhor o Direito para depois fazerem uma escolha profissional.

Bem, meus queridos afilhados, depois da superação de todos os obstáculos, o momento de celebração chegou. Este é o derradeiro rito de passagem da situação de estudantes para assumirem a condição de bacharéis em Direito e ingressarem na vida civil e profissional como juristas. Ao final da solenidade, não serão mais alunos de Direito, mas colegas de profissão e de compromisso de vida para com a justiça.

Assim, peço-lhes encarecidamente que me concedam uma terceira honra, além de estar com vocês no primeiro dia de aula no Curso de Direito e de ser o paraninfo da turma, compartilhando este momento tão especial. Permitam-me, ainda enquanto professor, dar uma última e breve aula quanto à importância das funções mesmo menores ou maiores que irão desempenhar doravante na sociedade, enquanto juristas ou cidadãos com formação jurídica.

Os juristas têm um papel especial na vida dos seres humanos e em nossa sociedade. Somos nós que arquitetamos a sociedade através das instituições e das leis. Depois de cria-las, somos ainda chamados para operar essas mesmas instituições definindo o que toca a cada um, na distribuição da justiça, perante o Poder Judiciário. E mesmo quando não exercemos uma atividade profissional jurídica, ainda inspiramos os demais cidadãos com o nosso conhecimento das coisas da Justiça e do Direito. Portanto, ocupamos uma posição de grande responsabilidade social.

Nunca se esqueçam que, acima de tudo, o sentido de nosso compromisso profissional é buscar o bem, a verdade e a justiça em nossa comunidade. Se o desempenharmos a contento, o mundo será um lugar melhor para se viver, e todos nós prosperaremos como pessoas e como sociedade. Entretanto, se não o fizermos, dificilmente haverá prosperidade, e o contrário também poderá ser verdadeiro, como já ensinavam os antigos gregos.

Nessa tarefa, as leis são imprescindíveis para que tenhamos um mundo mais justo. Contudo, essas mesmas leis, sem a intervenção humana, não passam de letras frias impressas em uma folha de papel. Nós, seres humanos, temos o poder e a responsabilidade de dar-lhes vida e possibilitar que façam a diferença em nosso país. Então que sempre um pouco ou quem sabe até muito de nós mesmos é envolvido no exercício dessa atividade. Portanto, se formos pessoas sensatas, justas, corajosas e temperantes, e acima de tudo personifiquemos o amor, também as nossas leis e sentenças acabarão por refletir aquilo que temos interiormente; a saber: a nossa consciência. Apostar nas pessoas!!!: Este é o único caminho seguro para que a justiça faça morada em nosso país.

Logo, compete-nos ao alcançarmos a formação jurídica e chamarmos sobre nós essa responsabilidade, mantermos perenemente aquele compromisso para com a justiça em todas as oportunidades em que seja necessário intervirmos, como se fosse uma estrela guia de nossas ações, que orienta a nossa atividade profissional e nos orienta como cidadãos civis para o bem. Sem o que nunca alcançaremos a própria felicidade e a de nossa comunidade.

Um carinhoso e forte abraço deste professor que se despede de seus alunos, para cumprimentá-los agora como colegas. Que o futuro traga muitas realizações para vocês, e que elas se revertam em um país melhor para todos nós, meus amigos e colegas na luta pela justiça e por uma sociedade melhor.

Canoas, Agosto de 2016.

Obrigado por tudo! Leandro Cordioli

 

 

 

 

 

 

+Fotos e prova de togas ver [AQUI]!!!

 

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