Para ler

Aprendendo sobre a justiça com as melhores mentes da humanidade...


Qual tradução devo ler?
Algo que talvez não tenha muita relevância na leitura de um romance, pode fazer toda a diferença para a compreensão de um texto clássico. Abaixo eu listo alguns temas e sugestões de leituras a respeito deles nas áreas da justiça, do Direito e da política. Busquei citar as obras em edições brasileiras em português, tendo em vista o meu objetivo introdutório. Contudo, nem sempre isso é possível; e mesmo quando possível, nem sempre é desejável. Pois, boa parte das obras sugeridas seria melhor compreendida no original. Muito daquilo que têm a ensinar se perde quando traduzidas para o vernáculo. Isso sem falar nos erros de tradução que mudam completamente o pensamento dos autores, algumas vezes os fazendo sustentar teses absolutamente contrárias às que tinham em mente. Por exemplo, uma obra recentemente traduzida de um autor inglês afirmava categoricamente que não existem direitos humanos absolutos, enquanto no original a tese era exatamente a oposta. De modo que, o melhor é ler os textos originais sempre que estiverem ao alcance do leitor seja em função do idioma, seja em função da disponibilidade do texto.
Caso isso não seja possível, ainda se pode aprender muito com as traduções disponíveis no mercado brasileiro. Nessa situação, as traduções bilíngues e que foram vertidas do idioma original são melhores que as demais. Especialmente, as traduções que não partem do idioma original devem ser evitadas, como no caso de algumas obras clássicas gregas que são traduzidas a partir de outras versões para os idiomas latinos; por exemplo, as obras de Aristóteles escritas originalmente em grego clássico, mas que muitas vezes são vertidas desde o francês. Em tais situações, muito do que o autor quis transmitir se perdeu nas mãos dos tradutores consecutivos. Por isso, convém que sejam evitadas.
Com tais considerações, cada leitor pode adequar a escolha do exemplar às suas próprias circunstâncias e habilidades linguísticas de acordo com aquilo que pode ser melhor para ele mesmo. Boa leitura!





----------------------------------------------








Ainda estou desenvolvendo!!! Por enquanto, minhas sugestões são as seguintes:

O que é justiça?
1.1 Justiça como um atributo de caráter
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. (Tradução do grego de António de Castro Caeiro). São Paulo: Editora Atlas, 2009. [Em especial o livro quinto.]
------. Ética a Nicómaco (edição bilingue e tradução de Maria Araujo e Julián Marias). Madrid: 1999. [Em especial o livro quinto.]
HESÍODO. Os Trabalhos e os Dias. 4ª ed. São Paulo: Iluminuras, 1989. Trad. Mary de Camargo Neves Lafer. Original: Erga kai Heméra.
PLATÃO. Apologia de Sócrates. Êutifron. Críton. Tradução de André Malta. Porto Alegre: L&PM, 2011. [A defesa de Sócrates em seu julgamento; abordam a justiça e a piedade que é mais exigente que a justiça.]
------. A República (Tradução de Ana Lia do Amaral de Almeida Prado). São Paulo: Martins Fontes, 2006. 419 p..
TOMÁS DE AQUINO, São. Comentario a la ética a Nicômaco de Aristóteles. Pamplona: Editora Eunsa, 2001. 2ª.Edição, p. 680.
1.2 Justiça como um atributo das instituições
ALEXY, Robert. La Institucionalización de la justiça.
ARISTÓTELES. Política (Bilíngue: tradução de Antonio Campelo Amaral e Carlos de Carvalho Gomes). Lisboa: Vega. 664 p..
HOFFE, Otfried. O Que é Justiça? Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003. 152 p..
PLATÃO. As Leis. São Paulo: Edipro,1999. 543 p.
RAWLS, John. Justiça como Equidade: uma reformulação. São Paulo: Martins Fontes, 2003. 306 p.
------. Uma Teoria da Justiça. São Paulo: Martins Fontes, 2002. 708 p.. [Uma teoria institucional da justiça e do justo proposta a partir de um ponto de vista ideal.]
TOMÁS DE AQUINO, São. DE ALVERNIA, Pedro. Comentário a la Política de Aristóteles. Pamplona: Editora Eunsa, 2001. 1ª. Edição, p. 680.
O que é justo?
SANDEL, Michael. Justiça: O que é fazer a coisa certa? Tradução de Heloísa Matias e Maria Alice Máximo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012. 6ª ed..
O que é Direito?
HART, Herbert L.A. O Conceito de Direito. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001. 348 p. 3ª ed..
KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. São Paulo: Martins Fontes, 2000. 427 p..
O que são os direitos?
HOHFELD, Wesley. N. Fundamental Legal Conceptions as Applied in Judicial Reasoning. New Jersey: The Lawbook Exchange, 2000. 114 p.
A justiça e os direitos humanos?
BOBBIO, Norberto. A Era dos Direitos. Rio de Janeiro: Campos, 1992. 217 p.. [A defesa dos direitos humanos vistos como algo fundamentalmente bom fruto da evolução da humanidade.]
VILLEY, Michel. O Direito e os Direitos Humanos. São Paulo: Martins Fontes, 2007. 181 p.. [A crítica dos direitos humanos como algo gerador de injustiças.]
Os fins não justificam os meios?
FINNIS, John. Fundamentos de Ética. Tradução de Arthur Maria Ferreira Neto. Revisão de Elton Somensi de Oliveira. Rio de Janeiro: Elsevier Editora, 2012.
------. Moral Absolutes. CUA Press: Washington, D.C., 1991.
------. BOYLE, Joseph. GRISEZ, Germain. Nuclear deterrence, morality and realism. New York: Oxford, 2001. 429 p.
KANT, Immanuel. Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Trad. de Paulo Quintela Lisboa: Edições 70, 2002. 117 p.
Lei divina e lei humana?
SÓFOCLES. Antígona. Tradução de Trajano Vieira. São Paulo: Editora Perspectiva S.A., 2009.
------. Antígona. Trad. Donaldo Schuller. Porto Alegre: L&PM, 2006. 102 p.
O que é lei natural?
FINNIS, John Mitchell. Aquinas Moral, Political, and Legal Theory. Oxford: Oxford University Press, 1998. 383 p..
------. Direito Natural em Tomás de Aquino: sua reinserção no contexto do juspositivismo analítico. Tradução: Leandro Cordioli. Revisão de Elton Somensi de Oliveira. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Ed., 2007. 128 p..
------. Lei Natural e Direitos Naturais. São Leopoldo: Editora Unisinos, 2007. 403 p..
O que é razão prática e prudência?
Quais os atributos de caráter desejáveis de juiz, advogado, partes e testemunhas em um processo judicial?
Como um juiz, um advogado e um promotor devem raciocinar juridicamente em seus arrazoados para o fazerem corretamente?
MACCORMICK, Neil. Retórica e o Estado de Direito. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 389 p.
Por que devemos separar os Poderes em Executivo, Judiciário e Legislativo?
FULLER, Lon. The Morality of Law.
MONTESQUIEU. Vida e Obra vol.1. São Paulo: Editora Nova Cultural Ltda, 2000. 384 p.



 






Nenhum comentário:

Postar um comentário